terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Língua Portuguesa - Olavo Bilac

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura;
Ouro nativo, que, na ganga impura,
A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço e o teu aroma
De virgens selvas e de oceanos largos!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

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Blog desenvolvido pelas alunas da UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS do curso de Letras: Port./Ing. - 6º semestre. Orientado pela Profa. Me. Ermelinda Maura Chezzi, na disciplina de LInguagens e Novas Tecnologias II. Alunas Responsáveis: Agnes Cássia, Fernanda Oliveira, Lucilene Amorim e Mariana Azambuja - O QUARTETO LITERÁRIO.