terça-feira, 6 de março de 2012

O Planalto e a Estepe

Assim é o amor.
O nome é pesado e nem sempre corresponde à realidade. Os documentos tratando dele devem ocupar uma cidade inteira e no seu todo há ambiguidades. alguém sabe mesmo o que o amor é?

Pobre é o amor
Que pode ser contado (Shakespeare apud Pepetela)

[...] Passamos a vida a tentar descobrir, alguns vivem mesmo só para o encontrar. Já sem falar nos escritores, que fizeram dele o tema inesgotável para poemas e romances. Uns tantos apenas no fim da vida pecebem nunca com ele terem cruzado, para além dos inevitáveis equívocos. Outros, pelo contrário, descrentes de tudo desde a mais tenra idade, se surpeendem no leito da morte a sonhar com a menina que afinal preencheu as suas vidas. Na maior parte dos casos, leva-se a verdade para a tumba.
Se verdade houver.
Que há de verdade no amor?
A mesma verdade que existe na verdade. Se consome pelo uso. Ou se reforça pela ausência. Ou nem uma coisa nem outra. O mistério permanece e nos espanta sempre.
Para quê então falar no que não se pode perceber? (In: O PLANALTO E A ESTEPE - Pepetela)

Amigos, o amor não é o tema central da obra, mas sim a questão histórica, o movimento de libertação angolano, o racismo manifestado de diversas formas. O autor expõe a "hipocrisia" de alguns discursos ideológicos que são uma coisa na teoria, porém, na prática é totalmente diferente. Vale a pena ler, o livro é maravilhoso.





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quem sou eu

Minha foto
Blog desenvolvido pelas alunas da UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS do curso de Letras: Port./Ing. - 6º semestre. Orientado pela Profa. Me. Ermelinda Maura Chezzi, na disciplina de LInguagens e Novas Tecnologias II. Alunas Responsáveis: Agnes Cássia, Fernanda Oliveira, Lucilene Amorim e Mariana Azambuja - O QUARTETO LITERÁRIO.