quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Jane Austen

Por Agnes Cássia, Fernanda Oliveira, Mary Azambuja, Lucy Amorim. Trabalho realizado em grupo para o 1º semestre de Letras com os alunos: Aline Augusto Maia, Raquel de Andrade Sargento e Bruno William Faria Carvalho.




1 – JANE AUSTEN: LIFE AND WORKS.


a) Vida e Religiosidade:

Escritora inglesa, nasceu em Steventon, Hampshire, a 16 de dezembro de 1775, e morreu em Winchester, a 18 de Julho de 1817, oriunda de uma família provinciana. Filha de um clérigo, a pós a morte do pai, em 1801, sua vida constitui em passar temporadas nas casas dos irmãos e em visitas eventuais a amigos e outros parentes.

A religiosidade foi algo muito forte na vida de Jane, em parte por ser comum a sua época e também por ser filha de um clérigo. Jane Austen era uma Cristã Anglicana muito devota.

"Throughout her life Jane Austen had been guided by Christian principles, and she accepted the church's teaching without question. Her faith is implicit in all her writing: the virtues of a disciplined life, a caring relationship between husband and wife, and their duty to give children a moral and loving upbringing, are reflected in her letters and in her novels [and of course in her prayers]. At her death she expected to appear before God and be judged." (Lefroy, 1997: p.75)

Jane foi batizada somente alguns meses após seu nascimento porque as mães daquela época mal saíam dos quartos no primeiro mês de vida do bebê. No caso do nascimento de Jane Austen, por ser dezembro um mês frio e especificamente este mês no ano de 1775 foi surpreendemente frio, os pais de Jane resolveram batizá-la em casa mesmo. Somente em 05 de abril do ano seguinte é que levaram a pequena criança para o bastimo na igreja.

b) Obras:

Sense and Sensibility (1811);
Pride and Prejudice (1813);
Mansfield Park (1814);
Emma (1815);
Northanger Abbey (1818);
Persuasion (1818)


2 - BRIEF REPORT OF ENGLISH HISTORY.

A Europa do século XVIII passa por importantes mudanças políticas e econômicas. Os tratados de Utrecht (1713-1715) encerram o período da preponderância francesa, que passa a ser britânica. O absolutismo triunfa até meados desse século em boa parte do continente, onde ocorrem diversos conflitos: a guerra da Tríplice Aliança, a guerra da sucessão da Áustria, a guerra dos Sete Anos e outros.
As rivalidades coloniais entre França e Inglaterra pesam muito nas relações entre esses países. Na Índia os britânicos suplantam definitivamente a influência francesa no decorrer da guerra dos Sete Anos.
A partir de 1760 tem início na Inglaterra a Revolução Industrial. A invenção da máquina a vapor é decisiva para a aceleração da série de transformações tecnológicas, econômicas e sociais que só depois de muitas décadas se estenderiam ao continente.
O impacto causado na Europa pela Revolução Francesa em 1789, é tão profundo e marcante que a partir daí tem início outra época, tradicionalmente denominada Idade Contemporânea.
A segunda metade do século XVIII passa a ser denominada Século das Luzes, em virtude do predomínio gradual das idéias de tolerância religiosa e reforma política e social que asseguram maior liberdade individual.


3 – PROJEÇÃO.


a) A mulher e o casamento nas historias de Jane Austen e em Orgulho e Preconceito:

A obra de Jane Austen está isolada na literatura européia, porque à sua época o curso da evolução literária estava ainda determinado pelo romantismo. Muito objetiva a respeito do mundo em que viveu e dos personagens que criou, e excluído todo e qualquer subjetivismo através de uma severa disciplina classicista, revela profunda seriedade moral na crítica da vida, pouco lirismo e nenhuma paixão. Ao mesmo tempo, existe um fino humorismo em suas obras, quase escondido atrás de um estilo de understatement (narração incompleta), tipicamente inglês. Seu espírito cômico se exercitou sobre paixões mais intelectualizadas, menos imediatas: orgulho, vaidade, ambição, contradições pessoais, preconceitos.

Restrita ao meio familiar, a temática de sua obra não poderia deixar de ser tradicionalista, porém o tradicionalismo e o provincianismo não lhe inibiram a liberdade da criação literária. Ao contrario, a estreiteza do seu campo de vivência e observação intensificou-lhe a sensibilidade e agudeza da análise psicológica. A temática é de extrema densidade. Os enredos são baseados em histórias de amor e casamento, e incidentes da vida diária de personagens comuns, vivendo no pequeno meio social de província.

Sua melhor qualidade não se manifesta no desenvolvimento da ação, mas na criação de caracteres, que se revelam apenas através dos diálogos, o que torna esse processo de autocaracterização eminentemente dramático. Incapaz de descrever objetos e ambiente material, Jane Austen se avizinha da falta de colorido local da comédia clássica francesa. E a maneira lenta e vagarosa de movimentar seus personagens, a maneira de deduzir desses personagens a trama e as complicações das histórias que criou, influenciaria, depois, a técnica de Henry James.

Na obra de Jane Austen estão ausentes a alta sociedade e o povo. Ela se encontra no ponto em que a aristocracia já está meio aburguesada e a burguesia já goza de certos privilégios aristocráticos. A partir daí, elaborou seu protesto, sempre moderado, contra vaidades e preconceitos aristocráticos, e uma critica mordaz contra os gostos e os usos plebeus. Seus romances, considerados clássicos da literatura inglesa, foram e continuam pouco compreendidos no estrangeiro.




b) Breve resumo de suas Obras:

  • Razão e Sensibilidade: Na Inglaterra, no inicio do século XIX, as irmãs Dashwood ficam desamparadas com a morte do pai, que deixara suas propriedades em Norland ao filho do primeiro casamento. Mudam-se para um chalé em Devonshire, oferecido por um primo da viúva. A autora não faz concessões á sociedade da época, traçando um painel mordaz de tipos interesseiros, cujo objetivo de vida consiste em obter meios de enriquecer e projetar-se socialmente, seja herdando fortunas, seja casando-se por conveniência.

  • Orgulho e Preconceito: A chegada do Sr. Bingley a Netherfield Park provoca grande agitação na casa dos Bennets. Em meio das artimanhas da Srª Bennet (mãe de 5 filhas solteiras) para o casar com a sua filha mais velha, Jane, o amigo do novo ocupante, Sr. Darcy, interessa-se por Lizzy, irmã mais nova de Jane.É em volta deste par, mais precisamente, na sua luta contra o orgulho e preconceito da sociedade e deles mesmos  (por ele ser rico e ela não), que a história se desenvolve.


  • Mansfield Park: Aos 10 anos de idade, Fanny Price, uma pobre criança vai viver em Mansfield Park, sob a custódia do marido da sua tia, Sir Thomas. Inteligente e estudioso, um escritor com uma imaginação irônica e muito compasso moral, ela torna-se muito próxima a Edmund, o filho mais novo de Thomas. Fanny logo adquire beleza e dotada de uma mente entusiasta, acaba chamando as atenções de um vizinho, Henry Crawrford. Sir Thomas promove o relacionamento, para o seu desagrado. Fanny possui uma mente própria e pede a Henry que prove ser digno. Enquanto isso, Edmund corteja a irmã de Henry. A história se desenrola lentamente entrelaçando, separando e unindo os 2 casais e seus corações.

  • Emma: Emma Woodhouse é uma moça bela e inteligente, mas um pouco convencida. Ela tem uma boa vida com o pai na pequena cidade de Highbury. Quando a sua querida amiga Miss Taylor parte para casar com o vizinho Mr. Weston, Emma é confrontada com uma grande lacuna na sua vida: como ajudar os outros a ter uma vida tão perfeita como a dela. Ela resolve arranjar casamentos e começa a proteger Harriet Smith, uma jovem simples que não está ao seu nível na sociedade. Emma acha que alí está um "bom material" e começa a procura de um marido "conveniente" para Harriet.

  • A Abadia de Northanger: A Abadia de Northanger é considerado um dos trabalhos mais ligeiros e divertidos de Jane Austen. De fato, para além dos ambientes aristocráticos da fina-flor inglesa do século XVIII, encontramos uma certa dose de ironia, sátira e até comentário literário bem-humorado. Catherine Morland é porventura a mais estúpida das heroínas de Austen. A própria insistência no termo “heroína” ao longo da obra e a constatação recorrente do quão pouco este epíteto se adequa a personagem central fazem parte da carga irónica da história. E se Catherine é ingénua para lá do que seria aceitável, e o seu amado Henry a personificação de todas as virtudes masculinas mais do que seria saudável, a perfídia dos maus da fita - amigos falsos, interesseiros e fúteis – não lhes fica atrás no exagero. Tudo isto seria deveras irritante não fora o tom divertido com que Austen assume ao longo das duas partes que constituem este livro o quão inverosímeis são as suas personagens… Acrescente-se a paródia do romance gótico e do exagero em que induz as suas leitoras, e uma crítica inteligente aos críticos que acusam o romance de ser fútil e “coisa de mulheres”, e temos uma interessante historieta de amor, escrita com bastante graça e capaz de ultrapassar a moralidade caduca que nos habituámos a esperar da pena de Jane Austen.

  • Persuasão: É em Persuasão, o último romance acabado de Jane Austen, que encontramos a sua heroína mais notável - Anne Elliot. Sobre ela escreveu, um dia, a autora: "ela é quase demasiadamente boa para mim." No entanto, naquela que é a sua obra mais amadurecida, que descreve uma órbita de afastamento nítida em relação ao tom predominantemente satírico dos seus anteriores romances, Austen trata o caráter e os afetos da protagonista de uma forma que, sem perder totalmente de vista a ironia é, sem sombra de dúvida, muito mais terna, e anuncia já uma percepção mais aberta e dinâmica da personalidade e comportamentos humanos. Uma história de amor, desenvolvida com profundidade e sutileza, proporciona o campo ideal para um estudo refletido, que sustenta na sua linha de horizonte o complexo relacionamento entre os dois sexos, e no qual homem e mulher surgem como seres moralmente análogos.



4 - BIBLIOGRAFIA

Enciclopédia Mirador Internacional. Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. São Paulo.Volume 03. Ano 1995. Pg. 1026 – 1027.

BIOGRAFIA GRANDES AUTORES. Disponível em: http://www.sociedadedigital.com.br/artigo.php?artigo=220&item=3. Acesso em: 20/04/2009.

YUNA. Romance. Jane Austen. Disponível em:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quem sou eu

Minha foto
Blog desenvolvido pelas alunas da UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS do curso de Letras: Port./Ing. - 6º semestre. Orientado pela Profa. Me. Ermelinda Maura Chezzi, na disciplina de LInguagens e Novas Tecnologias II. Alunas Responsáveis: Agnes Cássia, Fernanda Oliveira, Lucilene Amorim e Mariana Azambuja - O QUARTETO LITERÁRIO.